Homem morto a tiros no bairro Padre Andrade,
na tarde de sexta-feira. Foi o assassinato número 5.000 de 2017, recorde na
história do estado do Ceará
Era por volta de 17 horas de sexta-feira
(21), quando a Polícia Militar foi acionada,
através da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops),
para a Rua Dom Maurício, no bairro Padre Andrade, na zona Oeste da Capital,
quando trafegava em sua motocicleta. Era o assassinato de número cinco mil no
Ceará em 2017.
Naquele momento o Ceará batia o recorde
histórico do número de assassinatos em um único ano. Antes, essa marca havia
sido registrada em 2014, quando foram mortas 4.439 pessoas, conforme dados
consolidados na estatística do próprio governo, através da sua Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) em seu site.
A guerra entre as facções criminosas Comando
Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE), deflagrada no ano passado após um
período de trégua celebrada no início de 2015, elevou drasticamente os índices
dos Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs) no Ceará, causando uma
verdadeira carnificina no estado até alcançar, nesta sexta-feira, os cinco mil
homicídios.
Guerra
A matança entre os membros das duas facções,
que começou dentro dos presídios e se alastrou para fora deles, teve início em
bairros periféricos da Capital, mas rapidamente evoluiu para a zona
metropolitana e alcançou também o interior.
A fuzilaria coletiva passou a ser assistida
pelos chefões de outras duas organizações criminosas também presentes aqui: a
Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Enquanto a guerra
do CV contra GDE derramava sangue nas ruas da Grande Fortaleza, os membros do
PCC tratavam de fugir das Casas de Privação Provisória da Liberdade
(CPPLs) 1, 2, 3, 4 e 5, localizadas em
Itaitinga, na Região Metropolitana.
Mais recentemente, a Secretaria da Justiça e
da Cidadania (Sejus), responsável pela administração e controle disciplinar no
Sistema Penitenciário do Estado, foi obrigada a “lotear” as unidades penais,
reservado um presídio para cada uma das facções. Foi a maneira encontrada para
evitar mais mortes. No entanto, as fugas através de resgates e escavação de
túneis aumentaram. E de dentro das cadeias a ordem para matar continuou.
Somente entre janeiro e novembro, cerca de
4.600 pessoas foram mortas no estado, a maioria em Fortaleza, onde diversos
bairros e favelas passaram a ser dominadas pelas duas facções em guerra.
Comunidades como o Jangurussu, Barra do Ceará, Jardim Iracema, Mucuripe e o Bom
Jardim se tornaram palco de assassinatos diários.
As chacinas também se tornaram rotina na
periferia. Mais de 30 múltiplos assassinatos ocorreram neste ano. A mais recente
ocorreu no dia 12 de novembro, quando integrantes do Comando Vermelho (CV)
invadiram o Centro de Semiliberdade Mártir Francisca, no bairro
Sapiranga-Coité, e mataram quatro garotos que seria, supostamente,
simpatizantes da GDE.
Neste mês de dezembro, já foram registrados,
ao menos, 311 assassinatos no estado. Nas últimas 24 horas, ocorream oito
casos, sendo quatro em Fortaleza (nos bairros Padre Andrade/2 crimes, Genibaú e
Bonsucesso), dois na Região Metropolitana (em Maranguape e Maracanaú) e outros
dois no Interior Sul (nos Municípios de Russas e Caririaçu).
Fonte: Fernando Ribeiro
5 comentários:
E porque aqui no Brasil o poste misa no cahorro
Como disse o cap.Vagner, o governo está de calças arreadas para a bandidagem e acrescento que está de joelhos.uma vergonha pra sociedade.
Cadê os bloqueadores nos presídios. Governo tem medo das facções.isoo é uma vergonha.
E sola q o Danilo levou nos coqueiro peia pra 10 cumeu só,se vcs vissem a cara dele pedindo pra ñ matarem ele,mas quando bateu na cabeça do cara cm a estaca ñ pensou,ele achou q ia chegar e curtir o natal numa boa kkkkk
BolsonaroPresidente2018
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