Ao todo, 14 detentos foram assassinados durante as rebeliões. MP informou que não vai haver responsabilização direta pelas mortes.
O
Ministério Público do Ceará responsabilizou agentes penitenciários e a
Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) pelas rebeliões nos presídios
cearenses em maio, quando 14 presos foram assassinados. A denúncia foi
comunicada na manhã desta segunda-feira (19). O Sindicato dos Agentes
Penitenciários informou que vai se pronunciar, juntamente com o setor jurídico,
em uma coletiva às 16h. A Sejus informou que só vai se pronunciar após
recebimento e análise do relatório do MP.
O
MP informou que não vai haver responsabilização direta pelas mortes, porque os
detentos que foram assassinados "já estavam marcados para morrer" por
briga de facções criminosas.
Para
a comissão que investigou as rebeliões, o estopim das rebeliões foi a suspensão
das visitas. A partir daí, os detentos se comunicaram, por grupos de Whatsapp,
e organizaram as rebeliões.
Para
o MP, os agentes do comando de greve iniciaram a paralisação para incitar as
rebeliões e desobedeceram a ordem judicial, que decretava a ilegalidade do
movimento. De acordo com o promotor Humberto Ibiapina, o presidente do
sindicato reconheceu, em vídeo, ter fugido para não ser notificado da ordem
judicial.