As polícias militares devem ter certa preocupação com a estética do
seu efetivo, principalmente porque possui uma atuação eminentemente
ostensiva, visível ao público. Tal qual organizações públicas e privadas
em todo o mundo, certas exigências são necessárias para qualificar a
imagem institucional da polícia. Neste contexto, é preciso, porém,
estabelecer limites para a uniformidade, para que ela não tolha a
individualidade e a subjetividade que são essenciais à atividade
policial de rua – embora as corporações insistam em ignorar estes
valores.
Nos tempos atuais, em que as liberdades individuais são cada vez mais
afirmadas, é preciso ter bom senso para ao mesmo tempo garantir a
integridade do indivíduo-policial e torná-lo um agente público eficiente
no trato com a comunidade. Por falta de observância a este equilíbrio, a
proposta de “uniformização” da cor do cabelo das policiais militares de
Goiás está gerando tanta polêmica:
Uma proposta apresentada por uma capitã da Polícia Militar (PM) de
Goiás está causando polêmica. Ela propõe limitar o visual das policiais
do estado, estabelecendo regras para a cor e penteado do cabelo, cor e
tamanho das unhas, uso de sapato alto e maquiagem. A proposta está em
discussão na página oficial da PM e interessa a mais de 940 mulheres que
são policiais militares em todo o estado.
Segundo a proposta, o cabelo só poderá ser usado solto se for bem
curto. Se for comprido, deve ficar preso em coque, só com redinha ou
laço preto ou marrom. Para o modelo “rabo de cavalo”, os cabelos
crespos, afros ou anelados devem ser trançados. Quanto à cor, ficariam
proibidos, por exemplo, os loiros ou ruivos.
As unhas devem ser curtas e não podem ser usadas certas cores de
esmaltes, como amarelo, azul e roxo. A policial também não poderia usar
maquiagem colorida ou salto alto, nem mesmo no serviço administrativo.
Seriam autorizados no máximo dois anéis. Os brincos, só um de cada lado e
não podem ultrapassar a pontinha da orelha.
De acordo com a autora da proposta, a instrutora da academia da PM,
capitã Ester Lacerda, o motivo para tantas regras tem por objetivo zelar
pela imagem da corporação. “Toda empresa vende uma imagem. Com a
polícia não é diferente. Essa imagem pode comprometer a receptividade de
quem está sendo atendido se ela for uma imagem mal interpretada por uma
má postura ou uma má apresentação”, justifica a policial.
Polêmica
Segundo a capitã, a proposta ainda pode receber modificações. E para
virar regulamento, precisa da aprovação do comandante geral da PM. As policiais não deram entrevista opinando sobre o assunto. Mas na
internet, na página criada para discutir o assunto e nas redes sociais o
tema é polêmico. Há quem defenda a padronização, mas a maioria critica e
acha que o visual não interfere no trabalho.
De acordo com a assessoria de imprensa da PM, a página criada na
internet para a discussão do assunto foi aberta exclusivamente para
colher as opiniões das policiais militares e tem previsão de término no
dia 16 de novembro.
Para alguns, há assuntos mais importantes a serem discutidos. “Acho
que, independente de ser policial, ela é uma mulher, principalmente. Não
tem nada a ver usar maquiagem”, alega a aposentada Adeliane Alves
Noronha.
“Acho perda de tempo, pois existem coisas mais importantes que a
Polícia Militar poderia estar discutindo”, acredita o empresário Urandir
da Silva e Sousa.
Fonte: Abordagem Polícial/G1
ELA DEVERIA SE PREOCUPAR ERA COM AS POLICIAIS MILITARES E NAO EM AULAS DE ETIQUETAS...FAZENDO REVINDICAÇOES EM FAVOR DAS POLICIAIS MILITARES....É O BRASIL
ResponderExcluirAqui no estado de goiás, tenho colegas de farda (Pfem's) que usam maquiagem e são altamente profissionais e agem inclusive em grupos táticos e operacionais,mantendo sempre postura firme, a preocupação deveria ser com melhores salários e não com estética!!!
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