A estudante Amanda da Silva Cruz de 20 anos deixou a penitenciária feminina de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, no último fim de semana, segundo informações do advogado de defesa Francisco Xavier. Amanda estava detida há quatro meses, desde que atropelou e matou três pessoas, uma delas grávida, em Fortaleza, em 17 de março. O juiz da 3ª vara do júri, José de Castro Andrade, aceitou o pedido de revogação da prisão preventiva da estudante na última sexta-feira (13).
Segundo o magistrado, Amanda foi solta por ser ré primária, ter residência fixa e por estar presa há mais de 90 dias. Dentro de um mês, o juiz deve marcar a data do julgamento da estudante. Ela será julgada por dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de matar. Mas a defesa, baseada no testes de bafômetro e toxicológicos que Amanda fez e deram negativos, tenta que a jovem seja julgada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
“Quando ela descia do viaduto, ela foi em um susto. Havia passado uma moto daquelas barulhenta próxima do veículo, fazendo aquela barulho absurdo, ela se assustou. Ela puxou o veículo para o lado do meio-fio, foi quando ocorreu o acidente”, afirma o advogado de defesa.
A versão do advogado é contestada pela acusação. Segundo o Ministério Público, Amanda passou a madrugada do dia 17 de março em uma festa e consumiu bebidas alcoólicas. Depois de dormir apenas quatro horas, pegou emprestado o carro de um amigo para voltar para casa e acabou atropelando e matando três pessoas na Avenida Deputado Paulino Rocha. Entre as vítimas, uma mulher grávida, uma criança de um ano e um engenheiro de 60 anos.
Fonte: G1 CE
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