12 de março de 2011

EM RECIFE, MÃE CASTIGA FILHA QUEIMANDO SEU ROSTO COM FERRO DE PASSAR.

Um castigo sem medida e que deixará marcas para sempre. A violência doméstica tem mais uma vítima. Uma mãe queimou o rosto da própria filha, de apenas 5 anos, com um ferro de passar roupas. O caso aconteceu na tarde de ontem em um bairro pobre da Zona Sul do Recife, na casa da sogra da mulher. O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar do bairro pelo próprio pai da criança, um segurança. Os nomes dos envolvidos não serão divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Segundo o homem, essa não é a primeira vez que a mãe age com violência contra os filhos, que ao todo são seis.
Na Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), a mãe disse que queimou a filha porque ela teria feito o mesmo com a irmã de 3 anos. ´Ela alegou que queria dar uma lição à menina para ela nunca mais fazer aquilo`, disse a delegada Andréa Veras. Com 28 anos, a mulher não trabalha e seria dependente de crack e de maconha. Segundo a delegada, a agressão praticada pela mulher é crime afiançável, mas ela não teve condições de pagar o valor estipulado na delegacia. ´Pela violência doméstica, ela poderia pagar entre R$ 307,00 e R$ 1.208,00 mas determinamos o valor mais baixo por conta da condição financeira dela`, explicou a delegada. Mesmo assim a mulher não pagou e, sem fiança, terminou encaminhada para a Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio. O filho mais novo da agressora tem 4 meses e o mais velho tem 14 anos. Segundo o marido dela e pai de cinco das crianças mais novas, é comum ela agredir os filhos. ´Já falei que não é assim que se cria os filhos, mas ela insiste em bater. Ela até tem um pedaço de pau em casa guardado para fazer isso. Muitas vezes disse para ela ir embora que eu ficava cuidando dos meninos.` Ele disse que certa vez a mulher tentou, inclusive, jogar um dos filhos em um canal, mas foi impedida. Com uma marca no lado esquerdo do rosto, a própria criança contou ao pai o que havia acontecido. ´Criança aperreia mesmo, mas não é assim que se resolve.` A agressora disse que estava arrependida do que tinha feito.

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