6 de agosto de 2013

CHOCANTE!!! PARA A PM, MENINO FOI À ESCOLA APÓS MATAR PAIS EM SÃO PAULO.

A Polícia Militar diz acreditar que o garoto de 13 anos, suspeito de matar os os pais policiais, a avó e a tia, na Zona Norte da capital paulista, e se matar nesta segunda-feira (5), foi à escola pela manhã após já ter matado os pais. O coronel Benedito Roberto Meira afirmou em entrevista ao SPTV que câmeras de segurança mostram uma pessoa, que seria o menino, estacionando o veículo da mãe por volta da 1h da madrugada de segunda. Ele sai após as 6h, com uma mochila, e entra na escola.

Segundo o coronel, o menino voltou da escola de carona e pediu para que a pessoa que o levou não buzinasse.
Um parente da família que é policial foi ao local e disse aos PMs que atenderam a ocorrência que o menino era dócil. "Tinha diabetes, doença no pulmão, mas nada que vislumbrasse comportamento diferente", afirmou Meira.
A Polícia Militar descarta qualquer possibilidade de arrombamento.

Disparo

Segundo o coronel, o menino era canhoto e o disparo foi feito do lado esquerdo da cabeça dele e a arma estava debaixo do corpo do adolescente", falou Meira. No entanto, ele ressaltou que a polícia não descarta que outras linhas de investigação possam aparecer nos próximos dias. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, consta que o adolescente encontrado morto "empunhava a arma na mão esquerda, debaixo do corpo".



Garoto de 13 anos foi encontrado morto junto com a família, na última segunda-feira (5)

Andréia Regina Bovo Pesseghini, de 36 anos, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, a mãe da policial militar, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, a tia da policial, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos, e o filho do casal, de 13 anos, foram encontrados mortos em duas casas da família que ficam no mesmo terreno, na Brasilândia. Por volta das 10h30, os corpos das vítimas continuavam no Instituto Médico Legal central, na Zona Oeste de São Paulo.

Nesta terça-feira, Fábio Luiz Pesheghini, irmão de Luís Marcelo, afirmou que o sobrinho não era canhoto. "Pelo que eu sei ele era destro. Eu tenho quase certeza que ele era destro”, disse. Segundo Fabio, o sobrinho era “tranquilo, uma criança normal, que não dava trabalho para os pais, mal saía de casa”. Ele disse desconhecer se o irmão e a cunhada recebiam ameaças.

O adolescente tinha fibrose cística, doença genética que afeta o funcionamento de secreções do corpo, levando a problemas nos pulmões e no sistema digestivo. Segundo o capitão Laerte Araquém Fidelis Dias, do 18º Batalhão da 1ª Companhia da Polícia Militar, na Freguesia do Ó, a cabo Andréia, que era subordinada a ele, recebeu a previsão que o filho só viveria até os 4 anos. Dias a definiu como uma funcionária exemplar.

"Excelente funcionária, alegre, trabalhadora e esforçada. Mesmo a gente sabendo deste problema do filho - o primeiro parecer médico é que ele viveria quatro anos - ela tinha o astral lá em cima", disse o capitão. Ele afirma ter encontrado com o menino duas ou três vezes, que não aparentava fisicamente ter qualquer problema e o definiu como tímido.




O capitão Dias trabalhava com Andréia há dois anos. Segundo ele, ela estava afastada das ruas por um problema de coluna - a cabo possuía pinos metálicos na coluna e fazia fisioterapia no Hospital das Clínicas. Ele disse nunca ter ouvido relatos de problemas conjugais.

Investigações

A Polícia Civil procura agora identificar quem estacionou o carro da família, um Corsa Classic prata, na rua da escola onde estudava o filho do casal, a cerca de 5 km de distância do local do crime. A polícia recolheu imagens de câmeras de segurança de ruas próximas em busca de pistas sobre quem dirigiu o carro da casa até a escola.
O comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Benedito Roberto Meira, descartou na noite desta segunda-feira que a família tenha sido vítima de um ataque ou de uma retaliação por parte de alguma organização criminosa. Peritos levantaram a hipótese de execução seguida de suicídio.

Alguns indícios apontam que o autor dos crimes seria o próprio filho do casal, de 13 anos.
"O que a gente descarta em um primeiro momento é um ataque, uma retaliação de qualquer tipo de facção [criminosa], pelas características do que foi encontrado no local. Não tem nenhum objeto revirado, o armamento foi o mesmo em todas as mortes e não tinha sinal de arrombamento", disse Meira.

Segundo o comandante da PM, o adolescente chegou a ir à escola no período da manhã, pois foi encontrado na mochila dele um bilhete com orientações para os pais. "O DHPP [Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil] vai ter condições de apurar quem estacionou o veículo no local. Essa outra pessoa que estacionou pode ser um adulto, talvez até mesmo da família, ou que conheça a família. Pode ser ele", disse Meira, para justificar que outras linhas de investigações para o crime não sejam descartadas. "Tudo leva a crer que foi um crime planejado", completou.
O comandante da PM negou que os policiais militares mortos tivessem problemas psicológicos ou mesmo que já tenham sido investigados pela Corregedoria da corporação.

Indícios

Ainda segundo o comandante da PM, ao menos duas armas foram apreendidas na residência, um revólver calibre 32, encontrado em uma mochila junto com outros pertences do menino logo na porta de entrada, e uma pistola calibre .40, de propriedade da Polícia Militar mas que estava de posse da cabo. "O revólver era da policial, que ficou com a arma do pai, após o falecimento dele", explicou Meira.

O oficial afirmou que foram efetuados ao menos cinco tiros dentro da casa, todos compatíveis com um pistola .40. Apesar disso, apenas exames de balística deverão comprovar se os disparos foram feitos pela pistola encontrada sob o corpo do garoto morto. "O que os peritos apuraram aqui é que não tem nenhum estojo diferente do de .40 na residência."

Além disso, a perícia localizou cinco cartuchos de pistola .40 deflagrados, além de um carregador com outros projéteis não deflagrados e mais um na câmara de disparo da arma, perfazendo um total de 14, justamente a capacidadetotal de um carregador.
Além do exame de balística da arma, um conjunto de provas e perícias deverá ser realizada ainda na madrugada desta terça-feira, segundo Meira. "Por exemplo, o exame toxicológico dos corpos. Será que essas pessoas tomaram algum tipo de medicamento, alguma substância que as deixaram adormecidas?", questionou.

Fonte: G1
Foto e vídeo: R7

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