18 de julho de 2013

PROJETO PROÍBE USO DE BALAS DE BORRACHA EM MANIFESTAÇÕES

O uso desproporcional da força por policiais militares durante os protestos que eclodiram no país em junho motivou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) a apresentar um projeto de lei que propõe a proibição da utilização de armas equipadas com balas de borracha, festim ou afins pelas forças policiais estaduais ou federais em manifestações públicas.


Protocolado nesta terça-feira (16), o PLS 300/2013 também regula e limita o uso de outros armamentos de letalidade reduzida nessas operações. A proposta será examinada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em caráter terminativo.

O parlamentar cita registros de que esse tipo de armamento erroneamente batizado de “não letal” pode provocar danos e sequelas. Ele observa que o Centro de Inovação de Tecnologia Não-Letal da Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos, constata que é “muito fácil cegar alguém” com esse tipo de munição.

O senador acrescenta, na justificativa da proposta, que a Comissão Europeia tem recomendado a diversos países membros para deixar de usar balas de borracha, em decorrência das “inúmeras mortes e danos irreversíveis causados por sua utilização”.

Lindbergh reconhece a complexidade do trabalho dos policiais para controlar as manifestações, mas observa que a repressão a atos de depredação de patrimônio público ou privado não pode acarretar risco à integridade física ou à vida de cidadãos.

"As polícias militares dos estados reagiram, em diversas ocasiões, cometendo abusos e arbitrariedades", diz o senador, ao comentar as manifestações que levaram milhões de brasileiros às ruas.

Mediação

O projeto também obriga as forças policiais a apresentar um especialista em mediação e negociação durante operações em manifestações públicas. Segundo o texto, “o uso da força deverá ser evitado ao máximo”, não devendo ser empregado de forma a causar, em função do contexto, danos de maior relevância do que os que se pretende evitar”.

Lindbergh observa que as polícias militares estaduais e do Distrito Federal devem atuar no sentido de garantir as liberdades públicas democráticas e não como mero aparato repressivo do estado.

“Sem adequado treinamento e sem uma reforma humanitária das polícias, a autorização de uso das balas de borracha acaba resultando em arbitrariedades, que devem ser combatidas”, justifica Lindbergh Farias.

 Agência Senado

3 comentários:

Anônimo disse...

agora e que a policia vai ficar mesmo sem moral do jeito que vai a coisa daqui uns dias esses politicos que nao entendem nada de segurança vao mandar projeto para que os policiais uzem armas que atire flores.

Anônimo disse...

ACABA COM AS BALAS DE BORRACHA E BOTA ESSE DEPUTADO BABACA PRA ENFRENTAR ESSES VAGABUNDOS.

Anônimo disse...

Além dos policiais nao ter um armamento pesado.pra eles trabalhar e se defender.nesses protestos quando os marginais avançar pra cima da policia como eles vao reagir.eles vao entrar em luta corporal,se for assim vai ser uma verdadeira guerra,quanto mais a policia estiver armada melhor,além da Mae lei proteger marginal,a policia vai ser impedida de usar armas pra se defender.
Esses bandidos politicos sao muito safados mesmo.
É mesmo uma sacanagem um negócio desse.